Golpes no Pix: entenda os mais comuns e saiba como proteger sua empresa

Os golpes envolvendo o Pix estão se tornando cada vez mais frequentes, mas a culpa não é do sistema. Em grande parte dos casos, o problema está na abordagem usada pelos criminosos, que exploram a desatenção das vítimas ou criam situações para enganá-las.

O Pix é seguro e eficiente, mas é importante estar atento. A seguir, explicamos por que o sistema é confiável, as principais formas de proteção, os golpes mais comuns e como você pode adotar práticas seguras para sua empresa.

O que é Pix e por que ele é tão usado?

O Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil. Ele permite transferências rápidas, disponíveis 24/7, com custo zero para pessoas físicas e taxas reduzidas para empresas.

Seu funcionamento é simples:

  1. Cadastre uma chave Pix (como CPF, CNPJ, e-mail ou telefone).
  2. Insira a chave do destinatário ou escaneie um QR Code.
  3. Confirme os dados e conclua a transferência em segundos.

Com praticidade e acessibilidade, o Pix se tornou o método de pagamento preferido de milhões de brasileiros, superando TEDs, DOCs e até boletos bancários.

Por que o Pix é seguro?

O Banco Central desenvolveu o Pix com várias camadas de segurança para proteger os usuários. Veja os principais mecanismos:

  1. Autenticação do usuário
    Todas as transações só podem ser feitas dentro de ambientes seguros, como aplicativos bancários, que exigem senhas, tokens ou reconhecimento biométrico.
  2. Rastreabilidade total
    Diferente de saques em dinheiro, todas as transferências via Pix são rastreáveis, facilitando a identificação de contas usadas para golpes e permitindo que a Justiça tome providências.
  3. Tráfego de dados criptografado
    As informações das transações são transmitidas de forma criptografada na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), separada da internet. Isso dificulta invasões e protege os dados dos usuários.
  4. Limitação de valores
    Os usuários podem estabelecer limites para transações, reduzindo o risco de grandes perdas em caso de fraude.
  5. Monitoramento em tempo real
    As instituições financeiras monitoram comportamentos suspeitos, como transferências fora do padrão, bloqueando transações potencialmente fraudulentas antes que sejam concluídas.

O que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED)?

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta criada pelo Banco Central para ajudar vítimas de golpes realizados via Pix. Ele permite o bloqueio e a devolução de valores, desde que a fraude seja comprovada.

Como funciona o MED?

  1. Registro da ocorrência:
    A vítima deve registrar um boletim de ocorrência (BO) e comunicar o banco sobre o golpe através dos canais oficiais (SAC, ouvidoria ou aplicativo).
  2. Solicitação de bloqueio:
    O banco da vítima notifica a instituição financeira do destinatário sobre a suspeita de fraude e solicita o bloqueio dos valores.
  3. Análise da transação:
    A instituição do destinatário tem até 7 dias úteis para analisar o caso e confirmar se houve realmente um golpe. Durante esse período, o dinheiro bloqueado não pode ser movimentado.
  4. Devolução:
    Se o golpe for confirmado, o valor bloqueado é devolvido para a conta do pagador.

Quando o MED é aprovado?

O MED será aprovado se:

  • A fraude for comprovada por meio da análise do banco, com base nos documentos fornecidos, como o boletim de ocorrência.
  • Os valores transferidos ainda estiverem disponíveis na conta do fraudador no momento do bloqueio.

Por que o MED pode ser recusado?

O principal motivo para a recusa de um MED é a falta de saldo disponível na conta do destinatário. Se o fraudador já retirou o dinheiro ou transferiu para outra conta, o banco não tem como realizar o bloqueio.

Outros motivos incluem:

  • A ausência de evidências suficientes que confirmem a fraude.
  • Transações que não se enquadram no MED, como erros ao inserir a chave Pix ou desacordos comerciais.

Importante lembrar

O MED é uma ferramenta valiosa, mas não substitui os cuidados básicos que devem ser tomados ao realizar uma transação. Confira sempre os dados do destinatário antes de confirmar o pagamento e evite compartilhar informações pessoais ou bancárias com terceiros.

Os principais golpes no Pix e como se proteger

  1. Golpes no WhatsApp
    Fraudadores invadem contas ou criam perfis falsos, pedindo dinheiro a amigos e parentes da vítima. Eles costumam usar argumentos emocionais e urgência para convencer as pessoas a transferirem valores.

Como evitar?

  • Confirme diretamente com a pessoa antes de transferir dinheiro.
  • Verifique os dados do destinatário antes de concluir a transação.

  1. Mensagens falsas e phishing
    Criminosos enviam e-mails ou mensagens se passando por bancos ou empresas, direcionando a vítima para páginas falsas. Nessas páginas, os dados são roubados para uso indevido.

Como evitar?

  • Cadastre chaves Pix apenas em canais oficiais.
  • Não clique em links suspeitos ou forneça informações confidenciais.
  • Tenha um antivírus atualizado em todos os dispositivos.

  1. Falsa central de atendimento
    Golpistas ligam se passando por bancos, pedindo informações pessoais ou senhas para “resolver problemas” na conta.

Como evitar?

  • Bancos nunca pedem senhas ou códigos por telefone.
  • Em caso de dúvida, desligue e entre em contato com o banco pelos canais oficiais.

  1. Boletos falsos
    Fraudadores enviam boletos com valores falsos ou modificados, que redirecionam o pagamento para contas fraudulentas.

Como evitar?

  • Confira os dados do recebedor antes de pagar.
  • Sempre use canais confiáveis para emitir boletos.

  1. Golpe do falso comprovante
    Comerciantes são enganados por comprovantes falsos criados por fraudadores, que alegam ter realizado o pagamento via Pix.

Como evitar?

  • Sempre verifique o recebimento no sistema bancário ou plataforma de pagamento.
  • Nunca entregue mercadorias sem confirmar o pagamento.

Pix para empresas: como garantir mais segurança?

Para empresas, usar o Pix diretamente pelo aplicativo bancário pode ser arriscado. É mais seguro optar por uma plataforma especializada, que oferece funcionalidades como:

  • QR Codes personalizados para cada venda: identifica pagador, data e hora.
  • Monitoramento em tempo real: facilita a confirmação de pagamentos.
  • Criptografia avançada: protege os dados da empresa e dos clientes.

Uma boa plataforma também possibilita automatizar cobranças, gerenciar pagamentos recorrentes e realizar estornos com facilidade, proporcionando mais segurança e eficiência para o seu negócio.

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